93% das PMEs brasileiras aceleraram seu processo de transformação digital

93% das PMEs brasileiras aceleraram seu processo de transformação digital

O estudo Impacto da Covid-19 na cultura e operação das PMEs brasileiras“, encomendado pela Microsoft para a agência de comunicação Edelman, mostra que 93% das empresas aceleraram o seu processo de transformação digital desde o início da pandemia. Além disso, 97% das PMEs consideram importante incluir tecnologia no modelo de trabalho de forma permanente. Por outro lado, quatro em cada dez (40%) disseram que sua empresa terá que investir em tecnologia. A nova edição do estudo, conduzida no período entre setembro e outubro de 2021, reúne dados sobre a adoção do trabalho remoto e híbrido, a evolução dos processos de transformação digital, recrutamento e treinamento, o fortalecimento da cultura de dados, habilidades digitais e cibersegurança. A pesquisa consultou proprietários, parceiros e diretores de mais de 300 pequenas, médias e microempresas de todo o país. 

De acordo com o estudo, as empresas que consideram importante incluir tecnologia no modelo de trabalho de forma permanente citam softwares de videoconferência (57%), computadores portáteis (48%) e armazenamento na nuvem (47%) como os principais recursos que devem ser implementados. Além disso, 47% das pequenas, médias e microempresas estão trabalhando de forma híbrida e flexível, e mais da metade acredita que a produtividade aumentou com esse novo modelo de trabalho. Em relação às oportunidades oferecidas pela tecnologia para as PMEs nacionais, o estudo apontou que a eficiência nas operações e produtividade é considerada a mais importante delas (61%). Em seguida, os entrevistados elegeram a possibilidade de expandir mercados e aumentar o número de clientes (56%), reduzir custos (52%), melhorar a tomada de decisão utilizando dados (27%) e incorporar novos produtos e serviços (27%). 

“As PMEs têm um papel fundamental na economia do nosso País, representando cerca de um terço do PIB nacional, além de serem responsáveis por mais da metade dos empregos formais e informais do Brasil. Para nós, é muito importante entender como o setor tem se transformado digitalmente e como as nossas tecnologias se conectam para impulsionar esses negócios”, afirma Priscyla Laham, vice-presidente de Vendas para o mercado corporativo e SMB da Microsoft Brasil.   

 

Trabalho híbrido, flexibilidade e retorno presencial 

O trabalho flexível, que teve início por conta do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, veio para ficar e está evoluindo – tem demandado das pessoas e organizações soluções fluidas e dinâmicas, geralmente baseadas na nuvem. A pesquisa apontou que quase 5 em cada 10 entrevistados (47%) estão trabalhando de forma híbrida atualmente e, quanto maior a empresa, mais popular é esse modelo. O oposto aconteceu quando se trata de trabalho 100% remoto, que registrou menor ocorrência (15%). Em relação ao trabalho 100% presencial, 38% dos entrevistados afirmaram que suas empresas já retornaram ao modelo. O setor de Educação é o que mais utiliza a forma híbrida de trabalho. 

Mais da metade dos participantes (52%) acredita que a produtividade aumentou com o trabalho flexível – híbrido e/ou remoto. No entanto, reconhecem que houve alguns obstáculos, como conexão à internet, infraestrutura de tecnologia e cibersegurança. A maioria dos funcionários, 33%, pensa em manter o modelo de trabalho remoto, enquanto 28% prefere voltar ao trabalho presencial e 27% quer o formato híbrido. Uma vez que a pandemia passar, sete em cada 10 (70%) dos profissionais ouvidos preferem trabalhar de forma 100% presencial ou híbrida, sendo que funcionários de microempresas optam pelo modelo presencial, enquanto aqueles em empresas de médio porte preferem o modelo híbrido.  

“O estudo nos ajudou a entender que a maioria das PMEs está trabalhando atualmente em um modelo híbrido, enquanto a minoria optou por trabalhar pessoalmente. E, embora grande parte das empresas reconheça o impacto positivo do trabalho remoto na produtividade, elas também apontaram algumas barreiras importantes, como conectividade com a internet e infraestrutura tecnológica.  Esse cenário demanda das empresas um olhar atento para investimentos em soluções que facilitem os novos modelos de trabalho e promovam integração entre as equipes”, comenta Priscyla. 

 

Transformação digital, uso e desenvolvimento de tecnologias 

A transformação digital já vinha sendo observada em grande escala há algumas décadas e foi fortemente intensificada desde o início da pandemia. De acordo com a pesquisa, praticamente todas as pequena e médias empresas participantes acreditam que seus processos nesse sentido foram acelerados recentemente (93%). No caso das microempresas, foram 81%. O estudo revelou ainda que áreas administrativa (50%), de marketing (44%) e vendas (41%) são as que mais aceleram esse processo. 

A pesquisa analisou, ainda, o desenvolvimento de novas tecnologias por parte das PMEs e quase seis em cada 10 entrevistados (56%) disseram que suas empresas não desenvolveram nenhum aplicativo ou novidade tecnológica como parte de seu processo de transformação digital. Segundo os entrevistados, 45% das empresas também planejam investir em equipamentos de informática no médio prazo, seguido por tecnologias de marketing digital e, por último, tecnologias de CRM. Foram analisadas também a utilização de softwares de colaboração remota, de ferramentas de cibersegurança, de sistemas e tecnologias de marketing e CRM, de controle de dados, de inteligência artificial e big data e os resultados podem ser encontrados no estudo completo. 

O uso de software de videoconferência, como o Microsoft Teams, é notável em empresas de médio porte: 50% das que possuem entre 100 e 149 funcionários, 73% das que possuem entre 150 e 199 funcionários e 60% das que possuem entre 200 e 249 funcionários declaram utilizar. A maioria das pequenas empresas também utilizam ferramentas de videoconferência: 67% das que possuem entre 10 e 49 funcionários são e 58% das que possuem entre 50 e 100 funcionários. Já no caso de microempresas, que possuem até 9 funcionários, 42% utilizam software de videoconferência. 

Quando questionados sobre ferramentas como o Microsoft Teams, 34% dos respondentes apontaram o sistema como principal plataforma de colaboração. “Nós percebemos que, por unanimidade, as PMEs do Brasil consideram que a pandemia acelerou seu processo de transformação digital e que as soluções da Microsoft continuam sendo amplamente utilizadas por esse público, que é uma das nossas prioridades de negócio no país”, explica Priscyla.  

 

Empresas nativas digitais 

As empresas nativas digitais são aquelas que desde sua fundação têm baseado sua estratégia e operações em novas tecnologias e recursos digitais. O Brasil é considerado um dos países mais dinâmicos para esse tipo de companhia, segundo especialistas. Mais da metade dos entrevistados (59%) afirmou que sua empresa nativa digital acelerou o uso de dados para inteligência de negócios recentemente. E sete em cada 10 empresas (70%), originadas por novas tecnologias e recursos digitais, consideram que os impactos das mudanças impostas pela pandemia em seus negócios foram positivos. Cerca de 54% dos entrevistados confirmaram que tiveram que contratar novos funcionários, principalmente em empresas de médio porte, e 34% afirmaram que foi necessário contratar especialistas externos. Os setores de Tecnologia e Telecomunicações foram os que melhor desempenharam nesse sentido.  

Nas análises por tamanho da empresa, foi observado que 71% das médias empresas (entre 200 e 249 funcionários) acreditam que os impactos das mudanças impostas pela pandemia em seus negócios foram positivos, seguidos de 65% para empresas de 150 e 199 funcionários e 74% das organizações com 100 a 149 colaboradores. No caso das pequenas empresas, essa percepção se deu em 74% das organizações que contam com 50 a 99 funcionários e em 56% daquelas com 10 a 49 pessoas em seus quadros. As microempresas, que tem até 9 funcionários, registraram 43%. 

 

Uso de dados e segurança cibernética  

O uso de dados que, quando processados, se tornam informações relevantes para auxiliar na tomada de decisão das PMEs, também foi acelerado, de acordo com o estudo: quase nove em cada 10 entrevistados disseram notar o seu aumento e importância (89%). A maioria, 94%, afirmou tomar decisões com base nesses dados e 76% diz treinar os funcionários para serem orientados por eles. Mais da metade (70%) contou que implementa ou planeja implementar tecnologias de BI (Business Intelligence) e 67% disse ter recrutado especialistas em gerenciamento de dados recentemente. 

Já a cibersegurança, que precisou ser ainda mais considerada partir do início da pandemia e com a intensificação dos tráfegos virtuais, também é pauta do estudo: 81% dos entrevistados afirmaram que a segurança cibernética é uma prioridade em suas companhias, 74% disseram que contam com tecnologias de proteção em suas organizações e a mesma porcentagem afirmou que existem também políticas estabelecidas nesse sentido. Em relação a investimentos futuros, 72% dos participantes disseram que existem planos para isso em suas empresas e 71% disseram que já utilizam políticas de VPN.  

Em termos de capacitação, 70% dos ouvidos afirmaram que contam com treinamentos sobre segurança cibernética em suas organizações e 69% disseram que houve mudanças das tecnologias utilizadas para isso desde o início do trabalho remoto, como a implementação de novas políticas e diretrizes e o investimento em novas ferramentas. A metade (50%) afirmou que já enfrentou problemas de segurança cibernética em suas companhias. 

 

Sobre o estudo   

A pesquisa Impacto da Covid-19 na cultura e operação das PMEs brasileiras foi desenvolvida pela agência global de comunicação Edelman e encomendada pela Microsoft Brasil com o intuito de entender o desempenho das PMEs locais durante o período e suas expectativas para o futuro. O estudo consultou empresas de micro (0-9 colaboradores), pequeno (10-49 e 50-99 colaboradores) e médio porte (100-149, 150-199 e 200-249 colaboradores) no território nacional (estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná). A pesquisa, conduzida no período entre setembro e outubro de 2021, escutou proprietários, parceiros e diretores de mais de 300 pequenas, médias e microempresas de todo o país. 

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